17 de junho de 2012

pics

Pics! Férias chegando e gostaria de aproveitar este momento para tocar num assunto que vem me incomodando há tempos. Estamos vivendo numa era moderna, sendo bombardeados por redes sociais, i-phones, i-pads, e i-tudo. As crianças de hoje estão deixando cada vez mais de viverem o mundo real aderindo ao mundo virtual. Muitas vezes com o incentivo de pais impacientes que delegam a função educativa em nome de alguns momentos de sossego. Além destes pais egoístas e acomodados, há também os pais ansiosos, que fazem questão de dar aos filhos o último modelo de qualquer coisa, somente para ter a certeza de que o filho está acompanhando a evolução do mundo e que certamente estará preparado para um futuro profissional promissor.
Uma pena estes pais se preocuparem com isso, ao invés de se darem conta do quão importante é o brincar para uma criança. De quão divertido é poder dividir com os pequenos nossas experiências de infância, e voltar a ser criança por alguns momentos. 
Deixo claro aquí que sou totalmente adepta a todas essas modernidades, mas tive a sorte de nascer em uma época na qual um simples giz conseguia me entreter por horas a fio numa simples brincadeira como a amarelinha. Pular corda, iôiô , brincar de elástico, passa-anel e andar de bicicleta também faziam parte do meu cardápio lúdico, mas sinto que hoje soam para muitas crianças como brincadeiras banais e sem graça, sendo que a maioria jamais sequer as experimentou. 
São brinquedos simples, capazes de cativar as crianças justamente por sua simplicidade. Fazem com que as crianças se sintam bem explorandas e aprimorando suas aptidões de sua própria forma, sem placares marcando tempo nem pontos. Brincadeiras colaborativas e não competitivas, que além de estimularem o convívio social, proporcionam um ambiente saudável, ao ar livre, bem diferente do claustro dos ambientes plugados.
Acho que vale uma reflexão sobre esta questão do consumo desenfreado de brinquedos caros e pouco educativos, que logo serão descartados (e nada ecológico diga-se de passagem) por já estarem desatualizados, e que passam as crianças valores invertidos do que realmente é a felicidade.